quarta-feira, 18 de março de 2009


Oxigênio tópico ajuda a curar feridas mas rápido e melhor
Fonte: Pathophysiology, 28/01/2003

Um novo estudo sugere que exposições breves ao oxigênio puro não apenas ajuda a curar feridas crônicas ou difíceis de serem curadas mas também acelera o processo.
Pesquisadores da Ohio State University usaram terapia de oxigênio tópico para tratar 30 pacientes com um total de 56 feridas. A terapia consistiu em colocar uma bolsa contendo oxigênio puro no local da ferida, durante 90 min ao dia, durante quatro dias, seguido de um período de repouso de 3 dias. O ciclo foi repetido enquanto melhoras eram observadas. Mais de 2/3 das feridas de difícil cura sararam apenas com o tratamento à base de oxigênio. Quatro feridas necessitaram de cirurgia para cicatrização completa. No total, ¾ das feridas foram curadas com o uso de oxigênio tópico.
As feridas consideradas neste estudo clínico variavam entre as resultantes de cirurgias a úlceras diabéticas e escaras. Muitos desses pacientes tinham diabete, que impedia a cura das feridas.
"A qualidade da cicatrização foi impressionante", disse Chandan Sen, principal autor do estudo e diretor do Wound Healing Research Program, no departamento de cirurgia da Ohio State University. "Na maioria dos casos, a quantidade de tecido cicatricial residual nas feridas curadas após a terapia com oxigênio pareceu ser bem menor do que nas formas padrões de tratamento, disse Gayle Gordillo, co-autor do estudo e cirurgião plástico na Ohio State University.
Foram tiradas fotos antes, durante e após o término da terapia. As feridas foram consideradas curadas quando estivessem totalmente cobertas com tecido epitelial. O acompanhamento variou entre menos de 1 mês a 8 meses. Quando a ferida não apresentava melhora após 16 semanas, os médicos tentaram fechá-la por meio cirúrgico.
Ferimentos agudos traumáticos e pós-cirúrgicos foram os que apresentaram a melhor taxa de cura: feridas no troco, braços e mãos, tiveram uma taxa entre 75 e 100%. Metade das feridas nas pernas e pés foram curadas. Feridas crônicas que responderam bem à terapia de oxigênio incluíam as úlceras de estase venosa (92% de taxa de cura) e úlceras diabéticas nas mãos (91% de taxa de cura), enquanto que as escaras apresentaram taxas menos encorajadoras - 44%.
"As diferenças nas taxas de cura reforçam a relação da cura da ferida com outras condições de saúde, tais como diabete e obesidade, disse Sen. A maioria dos pacientes do estudo tinha pelo menos uma das condições seguintes: diabetes, câncer ou infecção ativa. De um modo geral, as feridas que menos responderam à terapia de oxigênio tópica foram as feridas pós-cirúrgicas nas pernas e pés, úlceras de pressão e úlceras neuropáticas nos pés.
"Para as feridas nas extremidades inferiores e escaras, o oxigênio tópico pode ser um adjunto a outras formas de tratamento," disse Sen.
"A alternativa para terapia de oxigênio tópico seria a terapia usando câmara de oxigênio a alta pressão, que é consideravelmente mais cara, diz Sen. Também não é aplicável a todos os pacientes, já que alguns são mais sensíveis ao alto nível de oxigênio.
Fonte: Disponível em -
http://www.emedix.com.br/not/not2003/03jan28med-pat-toh-ferida.php

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